Polipódio (Polypodium vulgare L.) – Descongestiona o fígado
Teofrasto e Dioscórides já conheciam as propriedades laxativas deste feto. No século XVI, o médico espanhol Andrés de Laguna dizia que “o polipódio purga com grande facilidade, de sorte que nem revolve o estomago nem provoca fastio”. Seguindo um velho costume, este médico recomendava aos que sofriam de prisão de ventre que comessem o caldo de um galo velho recheado de raiz de polipódio e de sene.
Propriedades e Indicações:
A raiz do polipódio contém um princípio amargo glicosídico, saponina, mucilagens e açúcares. Tem um agradável sabor a alcaçuz. São estas as suas propriedades:
Laxante suave e colagogo: Indicado em casos de prisão de ventre crónica e de insuficiência ou congestão hepática, assim como em transtornos da vesícula biliar (1,2).
Expectorante e antitússico: Útil em caso de catarros bronquiais e de tosse seca (1,2).
Vermífugo: Faz expulsar os parasitas intestinais (1,2)
Preparação e emprego
Uso interno
1-Decocção com 30 g de raiz num litro de água, fazendo-a ferver até que fique reduzida a metade. Deixa-se repousar durante umas horas e bebem-se todos os dias 3 ou 4 chávenas.
2-Pó de raiz: A dose habitual é de um grama, de uma a três vezes ao dia.
Outros nomes: Polipódio-do-carvalho, fentelha, filipode, feto-doce. Esp.: polipodio, filipodio Fr.: polypode, fougére réglisse. lng.: [female] fern, polypody.
Habitat: Comum em todas as regiões temperadas do hemisfério norte. Nasce quase sempre nos troncos de árvores velhas, nos muros sombrios e sobre as pedras cobertas de musgo.
Descrição: Feto da família das Polipodiáceas, de 15 a 50 cm de altura, com frondes alongadas e triangulares, em cuja face inferior se encontram os esporângios. O rizoma (caule subterrâneo) é rastejante e dele partem numerosas pequenas raízes. A calaguala é outro feto do género Polypodium.
Parte utilizada: o rizoma.
Fonte: A Saúde pelas Plantas Medicinais, Vol.1, de Jorge D. Pamplona Roger
Composto e postado por Ângela Barnabé