Rorela (Drosera rotundifólia L.) – Antibiótico e remédio contra a tosse
Olha como aquele mosquito ficou apanhado nas folhas desta planta! – diz um jovem observador da natureza ao seu companheiro.
Enquanto os naturalistas observam o curioso fenómeno, o mosquito começa a desaparecer pela acção de uma enzima digestiva, semelhante ao nosso suco gástrico, segregada pelas folhas da rorela. Trata-se de uma planta carnívora, capaz de capturar e digerir cerca de 2000 insectos durante um verão.
Propriedades e Indicações:
Toda a planta contém naftoquinonas, a mais importante das quais é a plumbagona. Estas naftoquinonas conferem-lhe uma acção antiússica, béquica, antibiótica e antiespasmódica. É comprovadamente eficaz contra os estreptococos, estafilococos e pneumococos.
Por tudo isto, torna-se um remédio ideal contra a tosse seca ou irritativa causada por faringite, laringite ou traqueíte. Muito indicada no caso de tosse convulsa e de asma. Nas bronquites agudas e crónicas, a rorela acalma a tosse e facilita a expectoração (1,2).
Preparação e emprego
Uso interno
1-Infusão: 15-20 g de planta por litro de água. Tomam-se 4 ou 5 chávenas por dia.
2-Tintura: Toma-se muito útil para as crianças, à razão de 5 gotas por cada ano de idade, repartidas ao longo do dia, até um máximo de 30 gotas diárias. Dá-se diluída em água ou sumo de fruta.
Outros nomes: orvalhinha. orvalho-do-sol. Esp.: drosera, hierba de la gota. atrapamoscas. Fr. : droséra. Ing.: sundew.
Habitat: Espécie pouco frequente, que prefere os lugares húmidos e montanhosos. Na Península Ibérica só se encontra na metade norte. Particularmente. em Portugal, encontra-se em Trás-os-Montes, Minho e Beiras. Naturalizada na América.
Descrição: Planta vivaz muito pequena, da família das Droseráceas, que não costuma ultrapassar os 15 cm de altura. As folhas nascem junto ao solo, em roseta, e são cobertas de pelinhos pegajosos a que ficam presos os insectos.
Partes utilizadas: a parte aérea da planta.
Fonte: A Saúde pelas Plantas Medicinais, Vol.2, de Jorge D. Pamplona Roger
