O que são queimaduras?
Queimaduras são lesões que afetam a pele e que apresentam três graus de gravidade. A primeira, que é a menos grave, afeta a camada superficial e os seus sintomas são pele vermelha, quente e muito sensível ao toque.
No segundo grau, tanto a camada superficial da pele como outras mais profundas são atingidas. Surgem as chamadas “bolhas” e são bastante dolorosas.
As queimaduras de terceiro graus são bem mais complicadas porque as terminações nervosas da zona afetada foram destruídas. Daí que os seus sintomas sejam menores em relação às queimaduras de outros graus, sendo que não existe empolamento da pele e a zona não fica tão dorida.
Aloés e as Queimaduras
O Aloés é conhecido pela planta das queimaduras. As suas diversas propriedades atuam em diferentes áreas, permitindo uma cicatrização rápida e sem marcas.
Uma das suas ações na questão das queimaduras é ao nível da circulação sanguínea. Quando uma zona é queimada, esta deixa de ser irrigada, através de mecanismos vasoconstritores, o que leva à morte das células. O Aloés impede esse mecanismo, certificando-se que toda a área recebe o sangue, o que acelera a sua recuperação e impede a morte do tecido.
Ao mesmo tempo, o Aloés estimula a renovação das células da derme, reconstituindo rapidamente os tecidos. Devido ao seu conteúdo em ácido salicílico tem uma ação analgésica, diminuindo a dor. A sua ação antisséptica e antimicrobiana previne assim infeções e inflamações.
Como aplicar o Aloés em casos de queimaduras?
Após lavar a queimadura com água corrente, retira-se o gel do interior da folha do Aloés ( com cuidado para não se misturar com a seiva amarelada*) e aplica-se na zona queimada cobrindo com gaze ou ligadura. Após algum tempo, a pele terá absorvido o gel, no sentido em que apenas restará uma lâmina fina do Aloés. Repete-se este processo até a pele estar totalmente recuperada, sem nenhum vestígio de queimadura.
*Algumas pessoas são alérgicas às antraquinonas presentes sa seiva amarelada do Aloés. Para saber se tem alergia às antraquinonas presentes na seiva amarelada dos aloés, aplique um pouco dessa seiva nas “costas da mão”. Aguarde um pouco. Se tiver alguma reação como vermelhidão deve evitar utilizar a seiva amarelada em uso interno e externo.
Nota importante: As condições onde o aloés “habita” influenciarão as suas propriedades e como tal, certifique-se que “conhece” o aloés do qual vai retirar as folhas.
Ângela Barnabé e Dina Guita
Referências:
Dehim R. O Médico Verde, A Planta dos Milagres. P.P.S., 1998
Lecardonnel M. O Novo Guia do Aloés, Receitas Práticas para a sua saúde. P.P.S., 2000
