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Melissa officinalis L.

A melissa caracteriza-se pelo seu especial sabor adocicado. De facto o seu próprio nome evoca mel.

No estado espontâneo, mostra preferência por zonas húmidas e sombrias. Junto de um pequeno curso de água, mantém-se verde e viçosa durante todo o ano, desde que se vão colhendo as folhas maduras.

Floresce de Maio a Julho. As inflorescências brancas concentram o peculiar aroma da planta de condição bastante volátil. A melissa quando está muito viçosa evola um aroma refrescante, principalmente com a ação dos reflexos suaves do sol ou do luar. É de uma extrema sensibilidade. Um gesto brusco fá-la perder a vitalidade e a cor verde-viva passando a ostentar um tom escuro, sinal de oxidação.  Sofre muito com o calor, por isso se reproduz junto de cursos de água ou à sombra de outras plantas maiores.

Colheita: Colhem-se as folhas, que já atingiram o seu total desenvolvimento, antes do nascer do Sol. Devido à sua sensibilidade às alterações climatéricas, ao serem colhidas introduzem-se de imediato num frasco de vidro opaco com água fresca e pura. Assim conservam-se melhor. Mas também se podem colocar num cesto revestido com um pano que as proteja da luz, do calor e de eventuais contaminações. Quando apresentam alterações na cor têm de se inutilizar porque provocam toxicidade. As inflorescências só se devem colher completamente desabrochadas, pois fornecem um néctar muito apreciado pelas abelhas.

Conservação: As folhas de melissa ou os ramos floridos quando se separam da planta-mãe perdem rapidamente a vitalidade e a cor verde-viva. Devem utilizar-se logo a seguir à colheita.

Forma de utilização:

  • Folhas e inflorescências em emulsão e nas saladas.
  • A melissa deve associar-se a outras plantas compatíveis. Combina bem com o alecrim, o marroio-branco e com as tanchagens. É um excelente correctivo do sabor amargo. As folhas verdes e as inflorescências adicionam-se às saladas, enriquecendo-as com os seus agradáveis aroma e sabor.

Indicações: A emulsão proporciona os seguintes efeitos: purificante, diurético, tónico, sedativo, antiespasmódico, refrescante e digestivo.

Deve tomar-se à noite devido ao seu efeito calmante. No entanto, misturada com a salva ou com hipericão, pode tomar-se sempre que se necessite de um sedativo. Nesta caso deve recorrer-se também às compressas, porque o efeito sedativo é transmitido através do tecido cutâneo é assimilado suavemente e a ação é muito eficaz, optimizando os resultados do tratamento interno.

Compressas embebidas numa tisana bem aromatizada e aplicadas no rosto proporcionam uma agradável sensação de alívio desanuviando expressões carregadas resultantes de tensões nervosas, e fazem desaparecer as dores e espasmos. Os pachos quentes, emanando a delicada fragrância da melissa, são uma verdadeira carícia que nos conforta deixando indeléveis recordações.

Fonte: Guia Ecológico das Plantas Aromáticas e Medicinais de Zélia Sakai

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