
Agripalma (Leonurus cardiaca L.) – Acalma as palpitações
A agripalma cultivava-se nas hortas dos mosteiros desde o século XV e era muito apreciada em toda a Europa, ao ponto de ser considerada capaz de aliviar todos os males. Daí resulta que, mais tarde, tenha caído em descrédito. Actualmente, ainda que ocupe um lugar modesto na fitoterapia, continua a ser uma planta útil.
Propriedades e Indicações:
Toda a planta contém um óleo essencial, um princípio amargo (a leonurina), um alcalóide (leonurinina), glicósidos e taninos. Possui as seguintes propriedades:
–Cardiotónica e sedativa (1,2): Tonifica o músculo cardíaco. Acalma a taquicardia de origem nervosa e as palpitações. Recomenda-se aos hipertensos e aos que sofrem de angina de peito.
–Emenagoga (1,2): O alcalóide que contém estimula as contracções uterinas e favorece o fluxo menstrual. Usa-se nas dismenorreias (transtornos da menstruação).
–Adstringente (1,2): pelo seu conteúdo em tanino, e carminativa (elimina os gases e flatulências intestinais).
–Cicatrizante (3): A infusão da agripalma utiliza-se para limpar e curar as feridas.
Preparação e emprego:
Uso interno
1-Infusão com 30-50 g de sumidades floridas e folhas por litro de água, da qual se ingerem 3 ou 4 chávenas diárias.
2-Extracto fluido: 10 gotas, três vezes ao dia.
Uso externo
3-Lavagem das feridas com a mesma infusão que se usa internamente.
Precauções
Não excederas doses indicadas, pois a sua acção sobre o coração poderia tornar-se demasiado intensa, devido aos glicósidos cardiotónicos que esta planta possui.
Outros nomes: cardíaca. Brasil: chá-de-frade, erva-macaé. Esp.: agripalma, cardíaca, cola de león, mano de Santa María. Fr.: agripaume, cardiaque. Ing.: [common] motherwort.
Habitat: Pouco frequente na Europa e na América do Norte. Em Espanha só se encontra nos Pirenéus. Rara em Portugal.
Descrição: Planta vivaz de 60 a 120 cm de altura, da família das Labiadas. As suas folhas são grandes, pecioladas e palmadas, e as flores de cor rosa ou púrpura.
Partes utilizadas: as sumidades floridas e as folhas frescas.
Fonte: A Saúde pelas Plantas Medicinais, Vol.1, de Jorge D. Pamplona Roger
Composto e postado por Ângela Barnabé



