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Urucu (Bixa orelana L.) – Remédio contra as queimaduras e expectorante

Das sementes desta árvore extrai-se um apreciado corante alimentar vermelho-alaranjado, utilizado no México desde antes da colonização espanhola. O fruto do urucu usa-se como condimento, e a casca fornece uma fibra têxtil.

Os Maias e os Astecas, que tinham notáveis conhecimentos de fitoterapia, já empregavam o urucu contra a lepra. Sabemos hoje que esta planta apresenta semelhanças botânicas e químicas com a chamugra (Hydnocarpus kurzii [King] Warb. : Taraktogenos kurzii King) , árvore asiática de que se extrai um óleo que actualmente se emprega no tratamento da lepra.

Propriedades e Indicações:

As folhas, pelo seu conteúdo em tanino, são adstringentes e cicatrizantes. Com a sua infusão fazem-se gargarejos que melhoram as aftas da boca, faringites e amigdalites (2).

Em aplicação externa (lavagens e compressas), a infusão de folhas de urucu apresenta um interessante efeito cicatrizante, emoliente (suavizante) e anti-inflamatório. Recomenda-se o seu emprego nos casos de infecções cutâneas, erupções, queimaduras leves e celulite (3).

As sementes contêm bixina (corante) e uma resina. A sua infusão usa-se como expectorante em caso de bronquite ou asma (1). O pó que se obtém delas, dissolvido em óleo, tem propriedades emolientes e, em aplicação externa, é um excelente remédio contra as queimaduras leves (4).

Preparação e emprego

Uso interno:

1- lnfusão com uma colherada de sementes por chávena de água. Tomar 2-3 chávenas por dia.

Uso externo: 

2- Gargarejos com uma infusão feita com 40-50 g de folhas por litro de água.

3- Lavagens e compressas, com esta mesma infusão, sobre a zona da pele afectada.

4- Cataplasmas com o pó das sementes.

O pó de sementes obtém-se deixando as sementes em maceração durante quatro horas, espremendo-as depois, e deixando-as em repouso ao sol até que a água se evapore.

Misturar uma colherada de pó em 100 ml de azeite de oliveira, e aplicar sobre a zona queimada.

Outros nomes: urucum, urucueiro, bixa. Esp.: achiote, bija, bicha, analto, pumacua, urucú, onoto, atolé, cacicuto. Fr.: roucouyer. Ing.: annatto [tree].

Habitat: México, Antilhas e regiões quentes da América do Sul. Cultivado pelo corante de tom vermelho-alaranjado que se obtém das suas sementes.

Descrição: Árvore da família das Bixáceas, que atinge 5 m de altura. As suas flores são grandes, de cor vermelha. O fruto é uma cápsula ovóide, de uns 4 cm, coberta de picos moles e com várias sementes no seu interior.

Partes utilizadas: As sementes e as folhas.

Fonte: A Saúde pelas Plantas Medicinais, Vol.2, de Jorge D. Pamplona Roger

Composto e postado por Ângela Barnabé

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