Cuscuta (Cuscuta epithymum Mur)- Digestiva e cicatrizante
Esta planta é um autêntico vampiro vegetal. Com os seus finos caules adere à sua vítima, de que chupa literalmente a seiva até secá-la e matá-la. Ataca de preferência o tomilho, a alfazema, a segurelha, o alecrim, a urtiga, o trevo e o lúpulo.
Antigamente, pensava-se que a cuscuta adquiria as propriedades da planta a que parasitava, o que hoje não pôde ser demonstrado. Hoje, no entanto, sabemos que a cuscuta tem as suas próprias virtudes medicinais.
Propriedades e Indicações:
Toda a planta contém um glicósido amorfo (cuscutina), resina, tanino e goma. Por via interna, é laxante e diurética.
Ao mesmo tempo, favorece o esvaziamento da vesícula biliar (ação colagoga) e estimula os processos digestivos. É recomendada aos que sofrem de cálculos biliares ou de transtornos da vesícula biliar (1).
Aplicada externamente em forma de cataplasma, é cicatrizante e antisséptica. Dá bons resultados em casos de úlceras varicosas e de feridas infectadas ou de cicatrização lenta (2).
Preparação e Emprego
Uso interno
1-Infusão de 30g de planta por litro de água. Tomar duas chávenas por dia.
Uso externo
2-Cataplasmas: Fervem-se, durante meia hora, de 60 a 100g de planta por litro de água. Triturar até conseguir uma massa pastosa, que se aplica sobre a zona da pele afetada.
Outros nomes: linho-de-cuco, linho-de-raposa, cabelos, cabelos-de-nossa-senhora, enleios, abraços. Madeira: linheio. Brasil: cipó-chumbo. Esp.: cuscuta, epítimo, cabellos [de tomillo], barbas de capuchino. Fr.: cuscute. Ing.: [common] dodder, great dodder.
Habitat: Comum nos montes de toda a Europa. Também se encontra em regiões montanhosas e temperadas ou frias do continente americano.
Descrição: Planta parasita da família das Cuscutáceas, de caule avermelhado e flores esbranquiçadas ou rosadas. Não tem folhas e portanto também não tem clorofila. Forma um emaranhado de finos caules em volta das plantas que parasita.
Partes utilizadas: toda a planta.
Fonte: A Saúde pelas Plantas Medicinais, Vol.1, de Jorge D. Pamplona Roger
Composto e postado por Ângela Barnabé