loader image

Bonina (Bellis  perennis L.) – Tónico e depurativo para as doenças infecciosas

A bonina é bela e formosa (Bellis) e além disso vivaz (perennis); mas é dura e resistente como poucas plantas. Quando faz frio, chove ou cai neve, curva-se e fecha-se. Quando aparece o Sol, abre-se para o saudar, seguindo-o no seu percurso celeste. A bonina é um tipo de margarida, mais pequena do que a vulgar.

A Primavera convida-nos a comer saborosas saladas silvestres, que além disso são depurativas e tonificantes. As folhas da bonina, algo doces, combinam muito bem com as das azedas (que são ácidas) e com as do dente-de-leão (um pouco amargas). Maravilhosa combinação de sabores naturais!

Da próxima vez que for ao campo na Primavera, desfrute servindo-se ‘à la carte’ de uma saudável salada silvestre. E quem diria que esta inocente plantinha haveria de desafiar a ira dos governantes alemães, que declararam o seu extermínio no final do século XVIII? Foi acusada de ser abortiva, sem que tal acusação tenha podido ser confirmada.


Propriedades e Indicações:

Nas folhas, e especialmente nas flores, concentra-se a maior parte dos seus princípios activos medicinais: saponinas, tanino, ácidos orgânicos (málico, tartárico, acético, oxálico, etc.), sais minerais, inulina, e um óleo essencial.

Desde o Renascimento, têm-se-lhe atribuído muitas propriedades, mas as únicas que se justificam, em virtude da sua composição, são as seguintes:

-Depurativa, laxante e ligeiramente diurética.

-Sudorífica, febrífuga (faz baixar a febre) e expectorante.

-Tonificante e aperitiva (abre o apetite).

-Vulnerária (cicatriza as feridas e cura as contusões), quando aplicada externamente.

O uso desta planta é indicado nos seguintes casos:

-Doenças febris e infecciosas (gripe, bronquite, catarros, sarampo, escarlatina, parotidite, etc.) (1,2). Facilita a eliminação das toxinas e resíduos produzidos pela infecção (com o suor e a urina), e tonifica o organismo, encurtando o período de convalescença.

Além disso faz baixar a febre e ajuda a expectorar. Em caso de febre alta, recomenda-se colocar sobre a testa compressas com a decocção de flores e/ou folhas (3), além de ingeri-la por via oral.

-Traumatismos, contusões, entorses, furúnculos, chagas e, em geral, qualquer lesão da pele ou dos tecidos moles em que se requeira uma acção anti-inflamatória e cicatrizante (3).


Preparação e emprego

Uso externo

1- Como verdura, especialmente crua, em saladas e outros pratos.

2-Infusão com uma colherada grande de flores e/ou folhas por cada chávena, de que se ingerem 2 ou 3 chávenas por dia.

 

Uso externo

3-Compressas com uma decocção de 50-60 g de flores e/ou folhas por litro de água. Ferver durante 2 minutos, e deixá-la repousar durante um quarto de hora antes de a coar. Aplicam-se sobre a zona da pele afectada, mudando-as de hora a hora.

Outros nomes: margarida, margarita, bem-me-quer. Brasil : mãe-de-família, margaridinha, malmequer-branco. Esp.: Bellorita, margarita, maya, coqueta, pascuita, mancerina, chirivita. Fr.: pâquerette, petite marguerite. Ing: [wild] daisy, bellflower.


Habitat: Originária do Centro da Europa, acha-se aclimatada por todo o continente. Também se encontra no continente americano, sobretudo no Norte. Cresce nos prados e lugares onde haja erva.

Descrição: Planta da família das Compostas, que não costuma ultrapassar 10 ou 15 cm de altura. As folhas, amplas e em forma de espátula, formam uma roseta na sua base. As flores chamam a atenção pelo seu disco amarelo e as suas pétalas brancas ou rosadas.

Partes utilizadas: as flores e as folhas.


Fonte: A Saúde pelas Plantas Medicinais, Vol.2, de Jorge D. Pamplona Roger

Receba as nossas novidades no seu email!

Não enviamos spam! Leia a nossa política de privacidade

Pin It on Pinterest