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Várias são as plantas medicinais que também podem ajudar a prevenir e a tratar a prisão de ventre.

Linho (Linum usitatissinum)

A semente de linho é um tratamento de ervas para a prisão de ventre que conta com a aprovação da Comissão E. Alemã, o grupo de cientistas que aconselha o equivalente alemão da FDA sobre os tratamentos à base de ervas. A Comissão E. Alemã sugere que se tome de uma a três colheres de semente de linho triturada duas a três vezes por dia para a prisão de ventre crónica. Uma advertência especial: se o leitor experimentar este remédio, não se esqueça de beber também muita água – pelo menos oito copos cheios por dia – para garantir que tudo se mantém em movimento no seu aparelho digestivo.

Psílio (Plantago ovata)

As minúsculas sementes de psílio contêm uma fibra chamada mucilagem, a qual absorve uma grande quantidade de líquido no intestino. Isto faz que as sementes inchem. Estas acrescentam volume à matéria fecal, e à medida que a matéria fecal se vai tomando mais volumosa, vai pressionando as paredes do cólon, desencadeando as contracções musculares que experimentamos como “vontade de ir à retrete”. O psílio é bastante popular na Alemanha, e a Comissão E. Alemã aprova que se tome de três a dez colheres por dia para a prisão de ventre crónica. Tal como a semente de linho, o psílio necessita de água para fazer efeito e se o leitor o tomar sem água pode ficar com o tubo digestivo obstruído. E se tiver asma, não tome esta erva. Há várias informações sobre reacções alérgicas ao psílio, incluindo uns quantos ataques de asma causados pela inalação do pó da semente. Se o leitor sofre de alergias, deverá também observar como reage a esta erva. Caso se desenvolvam sintomas alérgicos depois de a tomar uma vez, não volte a usá-la.

Aloés/Azebres (Aloe, várias espécies), espinheiro-cerval (Rhamnus catharticus ), cáscara-sagrada ( Rhamnus purshianus), frângula (Frangula alnus) e sene/sena (Cassia sen)

Todas estas ervas contêm uns compostos químicos que são laxantes naturais poderosos que se chamam antraquinonas. Com certa reserva, a Comissão E. Alemã aprova-as a todas para o tratamento da prisão de ventre crónica. Sugiro que experimente qualquer delas somente como último recurso. O leitor devia experimentar primeiro uma dieta com elevado teor de fibra e outras ervas mais suaves antes de usar qualquer uma destas. Qualquer erva contendo antraquinonas pode ser desagradavelmente poderosa. Se o leitor usar o espinheiro-cerval, a cáscara-sagrada ou a frângula, que são todas cascas, insista na loja para que lhe forneçam a casca envelhecida. As antraquinonas da casca fresca irritam o tracto digestivo e podem causar diarreia com sangue e vómitos. Não devem tomar-se os laxantes com antraquinonas durante muito tempo ou durante a gravidez e a amamentação. Se o leitor tomar estes laxantes durante muito tempo, pode tornar-se dependente deles. Por isso é que lhe digo que são o último recurso.

Feno-grego/Alforva (Trigonella foenum-graecum)

Tal como o psílio, as sementes de feno-grego contêm mucilagem que absorve líquidos. Se o leitor usar as sementes de feno-grego, não se esqueça de ingerir muita água para manter as fezes em movimento. E não use mais de duas colherzinhas de cada vez, já que mais do que isto pode causar-lhe problemas de estômago.

Ruibarbo (Rheum officinale)

Gosto desta receita do médico Ronald Hoffman contra a prisão de ventre, publicada na revista Parade: Faça um puré com três talos de ruibarbo sem folhas. Acrescente uma chávena de sumo de maçã, a quarta parte de um limão descascado e uma colher de mel. Ficará com uma bebida espessa e áspera que dará resultado. O Dr. Hoffman tem razão com respeito ao ruibarbo. Este contém um produto químico laxante natural, o qual é mais ou menos equivalente ao que existe na cáscara-sagrada e no sene. Também é contentor de muita fibra. Lembre-se, apesar de tudo, que a sua acção laxante pode ser deveras poderosíssima; provavelmente, o leitor deveria experimentar primeiro outros métodos existentes no mercado.

Fonte: Farmácia Verde, de James A. Duke (adaptado)

Composto e postado por Ângela Barnabé

 

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